quarta-feira, 24 de junho de 2020

Pose e um show visual


Por: Gabriel Conceição

Disponível no catálogo da Netflix, “Pose” é mais uma produção dos diretores e roteiristas Ryan Murphy e Brad Falchuk. A série é ambientada no final da década de 1980 e resgata o cenário dos bailes LGBTQ+ de Nova York, símbolos de arte, luta e resistência. Com figurinos e cenários bem datados da época, Murphy utiliza a cultura pop como ferramenta para contar história. A escolha para esse contexto, no entanto, volta-se para um público bem específico, embora o drama que os permeia seja universal.

A história retratada é a estimada – e antiga – trama de superação com personagens cativantes que fisgam o público assim que aparecem. Narrada em capítulos que abordam questões tangentes à comunidade LGBTQ+ da época, “Pose” conduz o público à imersão nesse universo e a desenvolver empatia pelos personagens. O que torna a série ainda mais cativante é o fato de que os personagens principais são compostos por atrizes transexuais, homens negros e homossexuais.

O estilo de filmagem do diretor, ajuda os telespectadores a se aprofundar na trama. Com um quadro de filmagem bem amplo, que permite pegar o mínimo detalhe, seja em um quarto pequeno de uma casa simples ou em um salão de baile com mais de 100 pessoas vestindo roupas brilhantes, a irmersão se torna algo imperceptível.

A primeira cena de Pose é alucinante tanto no ritmo quanto na quantidade de informações. Liderado por Mama, um grupo rouba acessórios de roupas da realeza para serem usadas em um concurso de desfile de moda temática. Na tela, são 10 minutos entre o planejamento, o corre-corre da operação e o momento triunfal do desfile. Tudo de um fôlego só, com mil referências à década de 1980 das cores à trilha sonora, que é algo fenomenal na série. A trilha sempre vai remeter o tempo o ritmo de bailes e danças da era “Vogue”.

Os cortes de cenas tornam a trama mais envolventes, mesmo que haja histórias distintas dentro da série, um elemento sempre acaba ligando uma a outras, até porque os personagens sempre estarão interligados emocionalmente.
Outro elemento crucial que a série traz são as cores utilizadas nas tomadas. Quando o foco não está nos bailes cintilantes e se concentra na vida de Stan Bowes, um homem branco casado, com duas e um bom emprego, mas que está cansado de sua vida monótona, as cores elementais na cena se tornan frias, com tons de cinza, bege e marrom claro.
Em contraponto, quando o foco e o baile e vida das pessoas que fazem parte do universo LGBT, as corea se tornam vivas. Até mesmo quando o personagem conhece e se envolve com a protagonista transexual, Angel, as cores ao ser redor ficam mais vivas, em tons de vermelho e azul.

Contudo, a série é um espetáculo visual, o que condiz com o seu sucesso mundial atravéz da plataforma streaming. Seus elementos cinematográficos são um ponto forte juntamente com a trama dos personagens, que são únicos e ferozes. “Pose” se tornou um marco para comunidade.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Playlist para o Dia dos Namorados no Spotify

O Observatório Cultural, acaba de lançar o Observatório do Amor, uma nova playlist no Spotify, com músicas especiais para o Dia dos Namorados. Confere lá  e celebre a união amorosa entre casais e namorados.
Logo abaixo, segue o link para direcionamento à página:

https://open.spotify.com/playlist/4Q0zkk0v4XtHaQ9aDJSv8p?si=8I2l24wCSlu2uGfDn6FVBA

terça-feira, 9 de junho de 2020

O fotojornalismo em tempos de Covid em Salvador

Entrevista concedida pela fotojornalista baiana Shirley Stolze, que trabalha na área há 35 anos.

Por: Rodrigo Bulcão Teixeira Veloso
Editora Chefe: Helen Campos

Shirley Stolze - Casa de Castro Alves
Crédito: Bruno Winycius

Rodrigo Veloso - Qual a sua trajetória no jornalismo? Como você se tornou fotojornalista do jornal A Tarde? Começou no impresso?
Shirley Stolze – O meu primeiro jornal foi o Correio da Bahia, há muito tempo, depois passei pelo jornal A Tarde, depois Bahia Hoje, retornando agora para o jornal A Tarde.
Comecei na fotografia de filme, revelando as fotos em laboratório, todos os jornais tinham laboratório e revelação. Na época ainda era preto e branco, depois o jornal começou a usar filme colorido e a fazer impressões com cor.


Rodrigo Veloso – Porque você escolheu ser fotojornalista?

Shirley Stolze – Sou formada em artes plásticas, quando se faz esse curso tem uma matéria que fazemos fotografia, e quando entrei em um laboratório tive a certeza que não queria pintura ou escultura, queria foto. Ali me encantei pela fotografia e a partir disso comecei a estudar muito, olhar muitos jornais, ler muito o Jornal do Brasil. Tem três mestres fotojornalistas que adoro muito: Evandro Teixeira, Nair Benedicto e Aristides Batista.


Rodrigo Veloso – Como você avalia as mudanças no modo como o jornalismo impresso era feito, no seu começo, até o momento atual, na era das redes sociais?

Shirley Stolze – O jornal impresso ele continua, mas as pessoas hoje olham mais os jornais online, em sites e nas redes sociais, porque é mais rápido. Mas existem muitas pessoas que preferem ainda pegar o jornal, sentir o cheiro, sujar a mão e ler o impresso.


Rodrigo Veloso – Você crer que teria um tempo hábil para o fim do formato do jornal impresso?

Shirley Stolze – É uma pergunta que não tenho uma resposta muito objetiva, acho que pode diminuir, mas acabar acho que não, acho que pra acabar ainda pode levar muito tempo.
É a mesma coisa com a fotografia analógica, diminuiu, mas ainda tem muitos fotógrafos que fazem foto com filme, muita gente do Rio e de São Paulo principalmente. Mas acabar, acho que não, mas não posso também te responder com uma certeza, é uma incógnita.


Rodrigo Veloso – Você se lembra da primeira vez que viu sua foto no jornal impresso? Qual foi a sensação?

Shirley Stolze – É uma sensação fantástica, ver o seu nome nos créditos com a foto. Não tenho certeza, mas acho que foi uma matéria com moradores de rua, era foto preto e branco ainda, foi muito interessante, uma emoção muito grande, ver uma foto sua no jornal pela primeira vez, sabia ali que estava no caminho certo e que queria aprender mais.
Eu tinha a certeza antes de começar em jornal, que queria a linguagem da fotografia para expressar meus sentimentos, tentar ajudar em alguma coisa, e quando você entra no jornal e vê sua foto que está editada e com um texto, é fantástico.


Rodrigo Veloso – Como a reação dos usuários influencia na produção de conteúdo de uma fotojornalista?

Shirley Stolze – As pessoas comentam bastante, me perguntam como consegui fazer a foto, e etc. Tem uma foto antiga que fiz, analógica, que foi muito comentada, não existia o digital ainda e tenho inclusive o jornal impresso, mas ainda não digitalizei. Foi uma greve no HGE, de todos os médicos, só quem não fazia a greve era o pessoal de plantão que tinha que pegar as pessoas que chegavam na emergência.
Peguei essa pauta e fui logo para o HGE, cedinho. Quando cheguei no HGE, na entrada que tem escrito “Emergência”, na porta, bem em frente tinha um bode, naquela região tinha algumas pessoas que criavam bodes, e por ali naquele momento passava um, justamente em frente da placa “Emergência”. Fiz essa foto e deu o que falar.
Tem outras também, tem uma que fiz na analógica também, era ACM visitando o Pelourinho, e um dos meninos que estavam ali pegou nas “partes baixas” de ACM e apertou, e ele morreu de rir, deu aquela risadinha de dor. Essa também foi muito falada, porque no outro dia foi foto da capa do jornal, falando algo como: “O carinho das crianças no Pelourinho”.
Registrar a população carente também causa muito impacto nas pessoas, e atualmente tem crescido as pessoas de rua, nessa época da pandemia. Não tem espaço físico, por mais que o prefeito e o governador consigam casas de apoio, tem ainda muita gente na rua, muita gente que não quer sair da rua e é preocupante pra essas famílias, porque ficam muito vulneráveis a pegar a doença, estamos passando por uma guerra.
As vezes muitas pessoas me ligam, comentam, também os colegas de profissão, um comenta com o outro, dar apoio, sempre damos opiniões e trocamos ideias.


Rodrigo Veloso - Quais os maiores desafios para um fotojornalista dentro de uma redação e na rua?

Shirley Stolze – O jornal tem uma adrenalina, que acho que todos nós gostamos da correia, de ser rápido. Tem que ser atento pra fazer a foto e pra mandar. Está casa dia mais louco, porque está sendo mais rápido.
E atualmente estamos passando por essa fase crítica, que temos que ter muito, muito, muito mais atenção onde você vai, onde você se desloca pra fazer a foto ou se vai entrar na casa de um personagem pra fazer a foto, tendo que manter a distância, não tocar em nada, usar álcool e gel sempre, a máscara não pode tirar, quando colocar só tirar quando chegar em casa. Não bebo água, sinto sede e fome, e fico atenta pra não tocar em nada, chegar em casa separo a minha roupa, o meu sapato fica do lado de fora, não entra há muito tempo, três meses que os meus sapato estão fora da minha casa e o banho muito mais demorado. A atenção aumentou muito, pra a gente que está trabalhando nessa época do Covid-19, todo cuidado é muito pouco, até com os colegas que encontramos na rua tem que ser a distância, precaução total. As coisas ficam mais tensas, porque você tem que se precaver e pensar também no outro, com quem você vai fotografar, com os colegas... é um vírus muito cruel, a atenção aumentou muito, haja álcool, haja sabão e ter cuidado.
O fotojornalismo é isso, a gente não pode nunca correr da raia, escolhemos essa opção e temos que trabalhar.


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Artigo Científico aborda o Twitter no jornalismo da era digital


Twitter uma ferramenta importante no Jornalismo

Diógenes Filipe 
Faculdade Dois de Julho



Resumo
Este artigo descreve a relação do jornalismo com a era digital, como o jornalista pode lidar e dominar as ferramentas das redes sociais. O Twitter é a rede destacada como uma aliada do jornalismo na interação com o público, através de Hashtags e Fleets, por exemplo, que em tempos que as redes vão se transformando a todo instante se tornam grande aliada que gera engajamento e ajuda o profissional enxergar uma nova função na área de comunicação. Este artigo foi feito através de pesquisas, textos e vídeo com o objetivo de mostrar ao profissional o largo campo da comunicação. 

Palavras Chave: Redes Sociais, Transformação, Adaptação, Função, Profissão
Introdução
A era digital causou transformações no jornalismo, com chegadas de novas plataformas de redes sociais e novas visões de investimento. Geralmente, o Twitter é associado como fonte de notícia quando traz uma fala dita por algum representante, algum acontecimento no mundo, celebridade e política. Com o Twitter, os jornalistas tem a chance de obter as declarações de famosos e políticos e construir sua matéria sem ter que aguardar entrevista coletiva, porém, não descarta de forma alguma o contato mais próximo do entrevistado e a segurança da fonte.  Normalmente, grandes acontecimentos históricos chegam com mais peso e força no Twitter, por conta de a notícia chegar mais rápida. Por mais que neste sentido, o trabalho do jornalista na redação seja sentado em sua mesa observando as notícias que saem na rede, o compromisso com a apuração da notícia continua. Na rede social acontece o contato entre o informativo e a opinião do senso comum. Dessa forma, o jornalista especializado tem a função de enunciar, detalhar o fato e o acontecimento, apresentando-os de modo claro e direto, com uma narrativa construída para se aproximar do público-alvo.
 A rede social é uma área que está em constante transformação. Todas as plataformas dentro dessa rede são usadas para se comunicar de alguma forma, seja do pessoal ou informativo. A ideia do Twitter é ser um aplicativo instantâneo que seja atualizado a todo momento, visto que é um lugar onde as pessoas se comunicam sobre assuntos do seu interesse. Para o jornalismo, essa rede serve para a informação chegar mais rápida para os seguidores e serem repassadas para outras comunidades dentro da rede. Nas redações, as páginas de políticos e celebridades são monitoradas a todo momento para o trabalho de checagem da informação. A ferramenta traz o desafio de na linguagem jornalística, no sentido de a informação ser direta e descritiva em 280
caracteres e trazendo novas ideias de engajamento com o público como, por exemplo, sinais, símbolos, ícones e emojis como uma tradução de linguagem.
Hashtags
Saber usar as hashtags pode gerar bons frutos. Categorizar assuntos e etiquetar temas nos posts do Twitter é uma forma de colocar os posts em lugar de destaque, estratégia bastante usada devido sua velocidade em descobrir tendências.
Com isso, o jornalista terá que saber usar umas ferramentas importantes para lidar com as Hashtags. O Trending Tops serve para encontrar assuntos que são tendências no Twitter. Já o Trendsmap mostra os assuntos mais comentados por meio da hashtags por região. O Rite Tag avalia as tendências das hashtags em tempo real e realiza sugestão para os usuários. A #tagdef faz uma lista de hashtags mais relevantes e o usuário pode ter acesso as tendências mais quentes do momento. A Hashtagfy permite encontrar hashtags relacionadas a seu público de interesse e levanta dados de “top influencers”. Há uma nova função no Twitter é o Fleets, uma ferramenta que pode clarear novos caminho dentro da área para os profissionais.  O Fleets é uma nova forma de interação, onde, se compartilha ideia e opinião dando espaço para a carreira de Social Media, o jornalista tem a função de alimentar conteúdos, analisar as tendências e fazer ligação entre empresa e público, respondendo comentários, como dúvidas, críticas e elogios. Uma carreira que exige atualização e capacitação do profissional em lidar com as ferramentas dessas tecnologias.
Raquel Recuero
Na visão de Raquel Recuero, Pesquisadora e autora do livro “Redes sociais na Internet”, um dos grandes destaques da hashtag foi potenciada pelo Twitter “No caso específico do Twitter, ela surgiu principalmente com a função contextual, de agregar determinado tipo de conteúdo e possibilitar que o acesso à conversação. Mas hoje tem inúmeras outras funções” a citação da pesquisadora reforça o sentido de importância que a hashtag e a rede tem entre elas. 
Conclusão
Através, desta pesquisa a conclusão que faço do tema é que a área do jornalismo na era digital vai se transformando junto com as novidades que se apresentam. O processo de checagem não mudou, o processo de produção na reunião de pauta, roteiro, escolha do conteúdo, escolha de pauta. Na produção que ocorre o levantamento do que se precisa, passando pela chefia de redação, produção de pauta, seleção dos temas para saber os valores de notícia principais e secundárias, reportagem, edição, noticiário. A pós-produção na edição e montagem do conteúdo. A função do jornalista continua, de questionar de tudo, principalmente, no ambiente de rede social, ter o cuidado de saber apurar os fatos, obter todas as versões da história, entender porque o político citou ou publicou alguma coisa em sua rede, se perguntar para quem aquele político ou celebridade está publicando, para quem interessa, qual o valor disso como notícia, qual a importância disso com checagem, o que tem de verídico. O contato com a fonte não vai deixar de existir, a ferramenta tecnológica só agrega na carreira jornalística.

Referencias

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Playlist - MC Poze do Rodo


*Play list Blog Observatório Cultural*

Cantora: Kell Smith
Música: Era uma vez

Cantor: Ed Sheeran
Música: Thinking Out Loud

Cantora: Ana Vilela
Música: Trem Bala

Cantora: Nelly
Música: Dilemma

Grupo: Melim 
Música: Peça Felicidade

Playlist - Orochi

Veja mais

Ø  Cantor: Orochi – Música Balão – Lançada no dia 25 de março de 2019. Faz parte do EP “Real Freestyle”. A música ganhou projeção imediata ao apresentar a prisão doraaper.
Ø  Link para acesso do vídeo: https://youtu.be/L8_116bLouo

Ø  Cantor: Jonhy MC – Música Negro – Pública no YouTube no dia 20 de novembro de 2019. O MC faz crítica direta a sociedade racista, com exemplos do garçom que foi morto pelo PM no RJ quando carregava um guarda-chuva e foi “confundido” por um fuzil.

Ø  Link para acesso do vídeo: https://youtu.be/opP7UkD0O9Y

Ø  Cantor: Cesar MC – Música Quem Tem Boca Vaia Roma – Lançada na plataforma YouTube no dia 13 de junho de 2018, na realização Pineapple Supply e Brainstorm Studio, projeto aonde rappers deixam seus beats.

Ø  Link para acesso do vídeo: https://youtu.be/or43G_BMPc4

crítica midiática

em teste

Entrevista com a jornalista Daniela Souza sobre a história da comunicação baiana






A jornalista e professora de Direito, é natural de São Paulo, e está em Salvador a mais de dez anos.
Ela conta um pouco de sua história em Salvador, como Professora de Direito em Faculdade, sua trajetória na rádio Educadora e sobre as mudanças na comunicação.
Este é um trabalho do estudante Alan Robert, para sua faculdade.

segue link abaixo, caso o vídeo apresente problemas:
 https://www.youtube.com/watch?v=rdb1TwtrdJc&feature=youtu.be

A temática do negro em músicas de Gilberto Gil

 Por -  Pedro Augusto V. L. Soares A música enquanto discurso sonoro é produto de um contexto histórico, pois, o compositor capta através de...