por: Larissa Couto, Rafael dos Santos, Poliana Lima
Primeiro grupo de baiano com cantora drag quenn, Nininha Problemática lança videoclipe apresentando a música “Metralhadora de bunda”. A música começa com a cantora se identificando e mostra como é reconhecida no Bairro 7 de Abril, onde vive em Salvador. “O meu nome é Nininha, sou diva na minha favela”, diz o trecho ao som do pagode baiano, gênero musical que faz sucesso nos paredões – nome dado a uma festa com vários carros de som , principalmente nos bairros periféricos de Salvador.
Sentada em um trono colocado em cima de uma laje num bairro periférico de Salvador, a cantora Nininha Problemática se apresenta assim na primeira imagem do seu novo videoclipe “Metralhadora de Bunda”. O vídeoclipe foi gravado em bairros periféricos da cidade de Salvador e traz a artista com looks vibrantes, que se misturam na dança. Além disso, o elenco é formado por gays e transexuais demonstrando militância quanto às bandeiras LGBTQIA+, defendidas pela baiana.
A letra de empoderamento da música é dedicada às mulheres que nasceram no corpo de homens, travestis negros e fora dos padrões heteronormativos aceitos pela sociedade e, que em sua maioria, marginalizados. Nininha traz essas pessoas vestidas com roupas consideradas sensuais e dançando com muito deboche e poder. Bordões normalmente usados pelo público LGBTQIA+ como “viado não é bagunça, travesti não é bagunça”, são utilizados como forma de se impor e mostrar que eles também merecem respeito.
O vídeo ainda traz a cena de um homem, supostamente o presidente do Brasil, por estar usando paletó e uma faixa presidencial, sendo torturado. Nininha e suas seguidoras amarram quem seria Jair Bolsonaro, como forma de protesto contra o atual governo.
Com looks bafônicos, a cantora está sempre acompanhada de gays afeminados, conhecidas como poc poc no mundo gay. O clipe conta com a participação da cantora da banda A Travestis, a baiana Tertuliana Lustosa, uma travesti que vem cada vez mais conquistando o espaço no pagode baiano, com a bandeira LGBTQIA+.
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